Mercado do Ensino Musical

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Tenho observado muitas mudanças no mercado de aulas de música, principalmente aqui em Curitiba, onde resido. A procura por aulas tem aumentado significativamente e pelos mais variados motivos.

Em proporção igual, a disponibilidade de professores vem diminuindo, pois existem mais propostas de trabalho nos mais variados tipos de trabalho referentes à música. E a quantidade de escolas de música tem expandido na mesma proporção. Causando uma necessidade de mais professores bem preparados.

Com as mudanças econômicas do país, acho que mais pessoas tiveram acesso a possibilidade de estudar música em escolas particulares de música, isso aumentou o mercado de uma maneira bem substancial. Onde trabalho como coordenador pedagógico é uma escola que tinha um perfil de público mais elitizado com mensalidades caras e professores muito bem preparados, agora vejo uma perfil socioeconômico diferenciado se matriculando nas aulas de instrumento musical, são mais pessoas tem acesso a um trabalho musical de maior qualidade.

Fico feliz com esse acesso e acho que o país estará ganhando com isso, pois o que precisamos é de mais educação e cultura para toda a população. Quando as artes voltam a escola, quando as artes retornam a formação do ser humano e médio prazo teremos uma sociedade melhor. Sempre digo que a escola tem o seu berço na arte, mas aqui no Brasil durante muito tempo a arte foi expulsa da escola regular e isso contribui muito para termos problemas muitos sérios na formação do ser humano. Mas isso está mudando, tanto no contexto político da educação, quanto na busca das pessoas em muitas vezes pagar para ter acesso ao essencial.

Outro fator que vem estimulando muito os pais a matricularem seus filhos em aulas de música é o fato das ciências estarem a todo o momento se referindo a música como um grande fator de desenvolvimento para as crianças. A neurociência sempre está trazendo a mídia novas pesquisas de desenvolvimento e colocando a linguagem musical como um fator de importante desenvolvimento para o cérebro humano. Então a musicalização infantil até 7 anos teve um grande “boom” com a inserção dessas informações aos pais, que hoje tendo menos filhos e querendo investir o máximo na formação de seu único filho, procuram dar tudo que estiver a seu alcance. Hoje temos um aumento substancial de alunos na musicalização infantil e diferente de outrora, não precisamos convencer ninguém da importância da formação musical para o desenvolvimento do ser humano como um todo, eles já vem de casa com essa opinião formada.

A mídia como um todo tem divulgado a formação musical como uma importante contribuição e por outro lado as redes de TV vêm investindo em novos talentos, criando concursos e festivais musicais que descubram novos talentos para serem divulgados pelas grandes redes e selos musicais, criando a opção de ser um PopStar sem grandes esforços.Os programas de TV, que tem mostrado que existem muitos talentos escondidos na população e que esses talentos podem ser descobertos, ajudam a incentivar a busca de alguns por um aprimoramento musical para alcançarem o Sucesso.

Os instrumentos musicais também ficaram mais acessíveis e com tecnologias que fazem instrumentos baratos ter uma boa sonoridade, deixou as pessoas mais perto da possibilidade de ter um instrumento musical razoável e fazer música sem grandes investimentos iniciais, a possibilidade de ter um instrumento em casa está trazendo mais alunos as escolas.

E um último motivo que tenho observado é que as pessoas estão querendo ser mais felizes e com isso querem investir em seus sonhos, em seus desejos e muito adulto que outrora tinha até receio de se expor nas aulas de música, agora o faz sem temor. Enxergam a possibilidade de fazer aulas de música que outrora só era possível para crianças de pouca idade. Eu mesmo já matriculei vários alunos que vieram de outras escolas dizendo que estavam com muita idade para começarem aulas de música. Ainda vejo muitas pessoas com comentários que me assustam, música é para todos e em todas as idades.

Mas o que me deixa um pouco preocupado é a quantidade de profissionais sem uma preparação devida querendo ser professor de música, isso é alarmante e precisa ser fiscalizado, pois é incrível como isso está repleto pelo mercado e fazendo muito mal na formação dos nossos alunos de música.

Tem uma escola de música perto de sua casa ou no caminho do seu trabalho, pare, entre e faça música, você verá que faz muita diferença na vida.

O momento certo para se iniciar na Música…

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Já ouvi tantas vezes essa frase, como pergunta ou como afirmação.

A música acompanha o Homem.

Não existe momento certo para se iniciar musicalmente, basta ouvir e até os que não ouvem tem projetos e metodologias para usufruírem dos ensinamento musicais através das vibrações das ondas sonoras no seu corpo.

Existem aulas de música direcionadas as crianças ainda no útero da mãe e muitas pesquisas apontam os benefícios da gestante colocar música para seu bebê ouvir apartir dos 3 meses de gestação. Essa dedicação da mãe demonstra o quanto ela gosta de música, pois está incentivando o seu pequeno a curtir as vibrações sonoras e usufruir dos seus benefícios.

Mas se não houver a oportunidade de começar a fazer música tão cedo, nunca é tarde. Muitos moram em lugares que o difícil acesso a professores de música os impedem de fazer aulas. Mas como a música é uma linguagem muito ligada aos instintos humanos, basta ser humano para querer fazer das suas experiencias de ouvir uma maneira de se expressar artisticamente, mesmo não dominando a linguagem musical.

A linguagem musical precedeu todas as outras linguagens, pois o homem na sua pré-história já imitava a natureza e construia instrumentos musicais.

Já tive muitos alunos que começaram aulas de música acima dos seus 60 anos. E tiveram bom proveito e ótima evolução. Sem dizer na melhoria da qualidade de vida que é tocar um instrumento musical.

Para você que está lendo esse blog o momento é agora, não deixe pra depois.

Escolha um instrumento musical, faça uma lista do seu repertório favorito e procure um professor de música.

Quando faz diferança….

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Estudar música faz diferença. Vejo muitos alunos melhorando a sua qualidade de vida dedicando um pouco do seu tempo para fazer atividades que lhe dêem prazer.

Fazer música pode ser uma forma de mudar a rotina massacrante do seu dia. Imagina poder tocar aquela música que você adora ouvir, mas não imaginava que era possível ser tocada por você mesmo.

Fim do dia e aquela penumbra do sol já se escondendo e você sentando ao piano para tocar músicas que mexem com você.

Isso é possível, procure um professor e comece a tocar seu instrumento predileto com o repertório que mais lhe agrada.

Não deixe para amanhã. Fazer faz a diferença.

Jovem que estuda música protege cérebro em idade avançada

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As muitas horas dedicadas ao aprendizado de música trazem benefícios a longo prazo, mostra um estudo publicado na versão on-line do jornal “Neuropsychology”, da Associação Americana de Psicologia.

A pesquisa indica que aqueles que tocaram instrumentos musicais por muitos anos parecem formar uma proteção natural contra perdas cognitivas que costumam ocorrer durante a terceira idade.

Mesmo que essas pessoas tenham largado o instrumento em algum momento das suas vidas, a mente ainda se mostra afiada na idade avançada, se comparada àqueles que nunca aprenderam música.

Um grupo formado por 70 musicistas com idade entre 60 e 83 anos se submeteu a variados testes de memória e habilidade para captar informações novas, entre outras situações.

O resultado é que se saíram melhor nas provas quem tocou música durante nove e dez anos. O que sugere que quanto mais as pessoas tocam, mais benefícios terão no futuro.

O piano ficou como o instrumento mais popular entre os músicos, seguido dos instrumentos de sopro. Todos eram amadores e tinham em comum terem iniciado aulas de música por volta dos dez anos.

O estudo também considerou o preparo físico e o nível educacional dos participantes. E, o que chamou a atenção, é que havia igualmente a relação entre a capacidade cognitiva e os anos de atividade musical se os voluntários estavam ou não envolvidos com música atualmente.

A descoberta mostra que o funcionamento cerebral pode ser alterado e a música pode ser um assunto para considerações futuras porque envolve uma combinação de capacidades motoras, leitura, audição e ações repetitivas.


….de volta pra Escola.

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Apartir de agosto de 2011 a música retorna de um local que nunca deveria ter saído , a Escola.  A Escola é o berço do conhecimento e aonde ele se desenvolve com toda a sua potencialidade. A Música fora da escola nesse período fez com que a linguagem musical fosse esquecida e a música como um todo empobrecida, apesar de toda a nossa riqueza cultural.

Levará muitos anos até que possamos colher os frutos desse desenvolvimento, mas ele tem que começar a ser feito e ser muito bem amparado pelas autoridades e orientado na escolha dos conteúdos e seu desenvolvimento.

Agora a Escola, os Diretores, Coordenadores e Professores terão que aprender a conhecer o que é a Música e todas as sua potencialidades de exploração. Mas tenho certeza de que é muito diferente do que passa na cabeça de qualquer Educador que seja leigo a essa linguagem e espero que todos aprendam rápido, pois as Artes são revolucionárias e a música tem essa força.

Música não é eventos escolares, datas comemorativas, festa junina, folclore…. Música é linguagem e é assim que a escola deve começar a enxergar essa nova lei 11.769.

A grande diferença estará na elaboração dos conteúdos pelo MEC, no desenvolvimento dele pelas coordenações da Escola e na aplicação desses por um profissional da área.

Nós músicos muito esperamos desta nova lei, que trará novamente a música para dentro da Escola. Foram 40 anos que a linguagem musical se afastou da escola e com esse afastamento a música se marginalizou, se tornou somente um produto comercial e de eventos.

O retorno da música nas escolas deverá acontecer de muitas maneiras e muitas experiências serão tentadas , muitos irão por caminhos diferentes, alguns serão extremamente tradicionais, outros radicais modernos, alguns serão rigorosos como um regente russo e outros tentarão serem libertários da linguagem. Tudo isso é normal se tratando de uma novidade, pois da experiência de 50 anos atrás nada se aproveitará. O que sei é que a soma de toda essa tentativa de se fazer o melhor surgirá conteúdos maduros e experiencias musicais de muito orgulho e no final quem saira ganhando são os alunos que serão adultos melhores e espero com muita informação musical para fazerem suas vidas diferentes, principalmente na filtragem do que entrará pelos seus ouvidos.

Mas de tudo que aconteça o que eu mais gostaria que realmente desse certo é que a linguagem musical faça parte desse ensino de forma a não termos mais nesse Brasil analfabetos musicais e que a opção de tocar um instrumento seja de todos e aqueles que optarem por tocar, o façam conhecendo sua linguagem.

Já consigo perceber muitas escolas particulares se adiantando e contratando professores, com projetos de fazer a música um diferencial nos seus curriculos. Mas como tudo nessa vida existe o momento da euforia, da novidade, depois vem um período afastamento e só então a maturidade. Para que todos se beneficiem dos ganhos e vantagens de uma boa educação musical nas escolas temos que esperar essa maturidade.

Boa acolhida à Música nas Escolas.

Tecnologias dentro da sala de aula.

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A tecnologia sempre me fascinou, e fico feliz que a tecnologia musical é bastante avançada.

Houve época que ouvia que a tecnologia substituiria o professor de música, na época achava um bobagem, hoje vejo que até é possível, mas existe uma coisa muito importante paraque isso realmente vire realidade, o aluno tem que superar sua situação de al

Sala de Aula

uno.

Existe muitas ferramentas para você aprender sozinho, a internet possuiu infinitas maneiras, mas elas mais fomentam a necessidade de um professor do que eliminam essa necessidade, porque o aluno ainda precisa de alguém para avaliar se o conteúdo foi aprendido e então ele estará apto para o próximo passo. Aprender exige repetição e não pode ser seletivo no que deseja aprender, ainda bem que existe o professor.

A tecnologia facilitou a vida do músico e do professor e hoje posso dar aulas com uma orquestra junto comigo, ou uma banda de jazz. Posso gerar partituras de acordo com a necessidade do aluno e ainda fazer com que o aluno conheça as melhores performances da música escolhida para seu repertório.

Vou descrever a minha sala de aula ideal e alguns desses equipamento eu já possou em todas as aulas e alguns ainda dependo de investimentos:

1 – Um piano, de boa qualidade e afinado.

2 – Um teclado eletrônico com bons recursos de arranjador, quando não é possivel substituo ele por softwares o Band in Box em um PC ou o Chorbot no Iphone. Esses equipamentos serão a banda de acompanhamento para meu aluno, criando um noção de pulso fixo que nunca um metronomo obteve com tanta simpatia.

3 – Um bom equipamento de som, de preferência que valorize o maior número de frequencias, principalmente os graves, fazendo o aluno a prestar atenção nos bumbos da bateira e nas marcações ritmicas do contrabaixo. Nesse equipamento é onde fica conectado o PC ou o Iphone.

4 – Um computador, dentro da minha realidade ainda um PC, pois tenho alunos que possuem Mac e as ferramentas da Apple como o GarageBand são ótimas, principalmente usando em gravações de audio. Esse computador deve estar concectado a Internet para que eu tenha acesso a videos do Youtube, ou para conseguir partituras online como no Cifraclube e Cifras. Também gosto de acessar o http://www.teoria.com, onde o aluno aprender a exercitar a teoria musical de forma agradavel.  Ainda é importante ter no HD, os CD que acompanham o método dos alunos, uma infinita quantidade de músicas (audio) partituras (.enc, .mus, .pdf).

Os softwares essenciais para ter nesse computador são: Finalle, Encore, Band in Box, Adobe Reader, Multiplayer com possibilidades de trocar tonalidade e diminuir velocidade da música sem perder por dem

Iphone e as Aulas de Música

ais a qualidade sonora.

5 – Na falta de um computador desktop em sala de aula, acabava usando um notebook, mas acabei substituindo por um Iphone.

Parece um luxo, mas digo que é um ferramenta essencial principalmente para professores que dão aulas particulares. Porque nem sempre na casa do aluno você encontra computador e teclado próximo ao piano. E mais dificil ainda você ter disponivel internet para as pesquisas de última hora.

O investimento é alto com o preço do aparelho e disponibilizar uma internet ilimitada, mas acho que de todas as áreas é o professor de música que mais aproveita as funcionalidades do Iphone.

Nele  uso certos Apps essenciais: Metrônomo, Chordbot, Slow Down Musi Player, Multi Track, e alguns apps de jogos musicais onde o aluno pode jogar treinando leitura de notas, armadura de clave, formação de acordes, formação de escalas e percepção musical. Essencial ter um caixa amplificada portatil para que possa ser usado com eficiência. Mas é um plus que a tecnologia de ponta coloca a disposição e eu digo que vale o investimento.

6 – Instrumentos diverso, onde possamos mostrar ao aluno como funciona outros instrumentos musicais em relação ao piano.

7 – Uma estrutura agradavel, confortavel e com boa iluminação.

8 – E o mais importante de tudo um aluno interessado e disciplinado nos estudos e um professor bem preparado.

“…quanto tempo leva para eu tocar alguma coisa”

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O Homem e o Tempo

Escuto essa frase muitas vezes por dia, algumas vezes tenho respostas prontas, outras penso como responder tal pergunta, fico muitas vezes  sem resposta, pois ela é muito complexa para um professor de música que ainda nem olhou para seu aluno que já tem um expectativa enorme em sentir resultados.

Devido a profissionalização do mercado e a evolução do cliente consumidor, eu entendo a pergunta e sei o que o cliente está querendo perguntar, traduzo essa pergunta da seguinte forma: “Você poderia me dizer quando eu começo a colher os frutos de tão alto investimento?” ou “Quando eu vou poder desfrutar desse investimento”.

Ouvindo dessa forma é mais fácil responder, pois o investimento musical já começa a se pagar na primeira aula. Fazer música não é só conseguir tocar uma música no instrumento, apesar desse ser o grande objetivo.

Fazer música é realizar um sonho;

Vejo em muitos adultos e crianças  realizar um sonho em somente estar sentado diante de um instrumento e poder tocá-lo e ele soar. E com o passar do tempo o domínio técnico poder lançar para um mundo que até então era desconhecido.

Fazer música é se superar

Fazer arte em pleno século XXI é superação, num planeta onde a cada dia a automatização toma conta da vida e a produção do conhecimento muda na velocidade da luz, reproduzir um conhecimento que nasceu na idade média e sua evolução foi no século retrasado é plena superação. Pois a velocidade de aprendizado não é determinado somente pela sua pressa e sim pelo domínio das técnicas de executar tal instrumento.

Fazer música é parar

Vejo que muitos alunos não conseguem parar, principalmente os adultos. Nessa agitação da vida moderna, parar para sentar no instrumento e tocar, despende de um esforço brutal. Vejo que as pessoas até desejam, mas parar tudo pra tocar, estudar, repetir algo que será sedimentado lentamente,  no passar dos dias com repetições incomodas ao mecanismo de pensamento frenético do homem contemporâneo, incomoda a muitos.

Fazer música é aceitar

Esse é algo que os adultos também tem muita dificuldade, já as crianças nem sabem do que estou falando. Aceitar a própria limitação de desenvolvimento cognitivo e motor na hora de começar a tocar um instrumento, muitas vezes afasta o adulto das aulas. Aceitar que passo a passo chegará aos melhores resultados.

Fazer música é dedicar um bom tempo de sua vida para fazer algo agradável e muito prazeroso, só acho necessário ter um bom profissional, relaxar e aproveitar toda a plenitude do tempo passar mais devagar.

As crianças tem direito a Musicalização.

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Não consigo ver as aulas de Música hoje sem valorizar a Musicalização Infantil. A primeira vez que recebi um aluno musicalizado percebi que a diferença é enorme no aprendizado do instrumento.

Um aluno que passou pela daniel-pianistaMusicalização com um professor competente nunca deixara a música fora de sua vida. E qualquer instrumento musical será sem mistério, pois o domínio da linguagem retira do aluno qualquer medo ou receio com instrumentos diferentes. A música se torna linguagem e pouco interessa qual instrumento que ele irá se expressar musicalmente.

Todas as crianças deveriam ter essa oportunidade, ou melhor, esse direito de estudar música na sua primeira infância, teríamos adultos melhores e essa diferença já teria um valor enorme.

Tão importante quanto a criança receber aulas de Musicalização é ter um professor bem preparado. Tenho muitos amigos que são professores de musicalização infantil, difícil escolher entre esse ou aquele, mas vejo que dedicação, preparo técnico e uma comunicação excelente com a criança fazem a grande diferença.

Muitas escolas regulares oferecem ensino musical, mas os objetivos dentro de uma Escola de Música são mais específicos e muito mais elaborados, focando no aprendizado de um instrumento na continuidade, então quando escolher, escolha uma Escola de Música para matricular seu filho ele estará mais preparado para o instrumento musical. Essa Escola deverá ter bons conceitos de ensino, ter boa remuneração aos professores e uma ótima estrutura física.

Cuidado com as metodologias, a bandinha rítmica teve sua importância no passado, mas hoje as aulas são mais dinâmicas e já introduzindo linguagem musica desde o seu principio. Musicalização não é recreação com música, tem objetivos bem claros em relação a leitura e escrita musical, bem como um trabalho de desenvolvimento motor e do ouvido musical.

Uma turma de musicalização não deve passar de 6 crianças e todas devem estar dentro da mesma faixa etária, com mesmos interesses de aprendizado, mesma maturidade e manter uma homogeneidade no decorrer das aulas.

Não deixe de dar esse direito a seu filho, Musicalização Infantil é um grande agente transformador da personalidade humana e assim teremos um mundo ainda melhor com adultos bem resolvidos.

Férias?!?… ainda, depois…

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Nada melhor depois de um ano intenso, férias!

Por enquanto é Férias, mas daqui a pouco...

A cada ano que passa o trabalho musical se torna cada vez mais profissional. As escolas de música de outrora eram amadoras, não tinham uma administração profissional e penavam para sobreviver. Em tempos de concorrência muitas delas se tornaram empresas e aquelas que resistiram muitas fecharam as portas.

O professore de música também cada vez mais se torna um profissional, e aquelas frases de outrora que músico era boa vida, vai se acabando.

Nem tudo é maravilha quando se profissionaliza algo que parecia tão romântico e tão bonito, pode se criar uma decepção em relação aos conceitos de arte. Tocar e ensinar o músico e professor profissional, faz muito bem. O problema está em profissionalizar a sua profissão.

Profissionalizar quer dizer transformar tudo que era feito “com amor” e de maneira informal em algo que tenha: Metas, Estratégias, Organização, Planejamento, Expansão, Qualidade, Controle de Custo, Produtividade, Lucratividade. Nenhuma dessas palavras fez parte da minha (e acho que de nenhum músico) formação musical nem quando criança, nem na Universidade.

Como que da noite para o dia um Músico Profissional, um Professor de Música, profissionaliza seu trabalho, não é nada fácil e sem técnicas, estudo e formação não se chega nesses patamares.

Vejo muitos Músicos Profissionais de alta qualidade que não conseguem administrar o seu trabalho, nem como músico e muitas vezes nem como professor.

O SEBRAE é um bom caminho pra começar essas mudanças, mas mesmo com toda a didática que seus cursos tenham, essas técnicas demoram muito para se tornarem aplicadas no nosso dia-a-dia, as vezes muitas vezes porque temos que abrir mão de conceitos que acreditamos para que o profissionalismo se torne real em nossas vidas.

Aquelas palavras acima são avessas ao dia-a-dia de nós músicos e temos que aprender aos poucos, muitas vezes apreendendo com os erros. E os que não aderem não conseguem entender o que está errado no seu trabalho, muitas vezes acham que o problema é somente de que as pessoas não querem mais aprender como antigamente, criando desculpas para não aderirem ao profissionalismo da sua profissão.

Aqueles que procuram aprender essa técnicas de administração se tornam empresários de si mesmo.

E começam a enxergar o trabalho que realizavam como um mercado, um mercado que está em expansão e crescimento e precisa de profissionais a altura de suas exigências.

Por isso a cada ano fica mais complicado administrar o trabalho, pois esse despreparo técnico nos estressa muito mais do que dar nossas aulas ou tocar, e aqueles que já alcançaram tudo isso vão colhendo os frutos, mas ficando com umas canseira mental intensa para compensar o tempo perdido.

Estava falando de férias e acabei falando de trabalho, agora trabalho não, estou ainda em férias e férias é pra descansar, até mais pessoal.

Como é a relação de quem aprende e de quem ensina em música?

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Conhecer é retirar as vendas

 

Percebo muitas formas de relação entre aluno e professor nas aulas de instrumento musical e vou citar algumas que consigo descrever, não quero fazer nessa juízo de valores, mas dividir essa percepção com vocês e deixar o julgamento para quem deseja julgar valores.

Nesses meus anos de experiência como professor já passei por muitas situações e todas elas somaram naquilo que sou hoje. Importante é para o professor identificar que tipo de aluno está começando a suas aulas e para onde quero levar esse aluno. Para o aluno identificar como é o seu professor e como descrever aquilo que desejo para as minhas aulas. Já vi alunos de todas as idades criarem um jogo nessa relação professor e aluno, onde muitas vezes pode ser benéfico ou prejudicial a ambos.

Relação de prestação de serviço:

Essa é uma relação totalmente descomprometida, capitalizada e muito comum em alunos ou pais que tem a percepção de um curso de instrumento musical muito ligado ao pagamento das aulas. O lema é eu pago você recebe e ninguém me cobra, os resultados devem aparecer rápido para que eu continue a pagar. Nem o professor e nem o aluno assumem um comprometimento em relação as aulas de forma pedagógica, mas sim de prestar um bom serviço de qualidade, sem faltas, sem frustrações. O aluno quer pagar o serviço e no final quer ver os resultados de custo beneficio das aulas. Muitas vezes nessa relação o professor no caso é quem recebe ordens e o aluno é aquele que decide o que deseja fazer, não dando importância as orientações do ser professor. Se não for assim a matricula é trancada sem nenhum critério pedagógico, tudo muito focado a uma qualquer prestação do serviço, onde o contratante e o contratado só tem foco no produto final.

Relação de amigos:

Professor e aluno formam uma relação de amizade e as aulas se tornam um encontro, (já ouvi aluno perguntando se poderia trazer cerveja para aula) onde o professor agrada seu amigo e o aluno também faz o mesmo. Existe algum ganho, mas também é uma relação sem muitas cobranças e essa é uma relação onde sempre alguém sai chateado com o outro. Quando a amizade se desfaz acabam as aulas. Existe nessa relação muita chantagem emocional onde a moeda de troca é o sentimento, a amizade. Muito comum em aluno adulto e que faz das aulas de música um momento de entretenimento, um lazer.

Relação tradicional professor e aluno:

O professor é quem ensina, e o aluno é quem aprende, parece obvio, funciona muito bem, pois traz o modelo de escola onde aprender e ensinar é algo positivo e todos saem ganhando de um forma madura, fica muito ligado no ensino da música de forma complementar na educação, o aluno faz a sua parte estudando e o professor recebe a responsabilidade de ensinar, muitas vezes elaborando novas metodologias e materiais didáticos, esse é um modelo que funciona na grande maioria das aulas de instrumento musical. O foco é o aprendizado com plano de aula bem elaborado e material didático organizado.

Relação mestre e discípulo:

Cada vez mais rara no meu ver nos dias de hoje, mas muito comum quando o professor é um grande instrumentista ou músico de renome. Essa relação entre mestre e discípulo, parece algo arcaico, da Grécia antiga, mas é a única relação no meu ver onde o aluno se entrega ao aprendizado com a máxima dedicação, com foco em sugar todo o conhecimento do seu mestre. A entrega do aluno, a admiração, para com seu mestre onde ele é o modelo por onde o discípulo quer trilhar. Quando o professor se coloca na situação de mestre vê no seu discípulo o futuro, aonde seus conhecimentos estarão depositados e ali serão fielmente seguidos. É a relação onde a música se torna arte novamente e ambos, mestre e discípulo se tornam veículos dessa arte. Existe um problema aqui muitas vezes quando o professor por ter um trabalho como músico, acaba pecando na didática, na metodologia, mas isso é superado pelo grande esforço do discípulo. Nessa situação vejo muitas vezes nascer discípulos que realmente serão grandes músicos.

É uma forma simplista em explicar o complexo. Muitas não é uma escolha, acontece devido a inúmeros fatores e a realidade que cada um esta vivendo .

Não posso dizer que uma ou outra relação esta mais certa ou errada, mas que são modelos que encontrei em minha vida profissional como professor e coordenador pedagógico, mas também devem haver modelos ou mistura entre uma relação e outra.

Importante que quando entendemos essas relações podemos ter uma visão melhor da aula como aluno ou professor e poder alcançar os objetivos desejados de uma forma madura e inteligente.

Comente sobre como é a sua relação nas aulas de música.

 

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