Mercado do Ensino Musical

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Tenho observado muitas mudanças no mercado de aulas de música, principalmente aqui em Curitiba, onde resido. A procura por aulas tem aumentado significativamente e pelos mais variados motivos.

Em proporção igual, a disponibilidade de professores vem diminuindo, pois existem mais propostas de trabalho nos mais variados tipos de trabalho referentes à música. E a quantidade de escolas de música tem expandido na mesma proporção. Causando uma necessidade de mais professores bem preparados.

Com as mudanças econômicas do país, acho que mais pessoas tiveram acesso a possibilidade de estudar música em escolas particulares de música, isso aumentou o mercado de uma maneira bem substancial. Onde trabalho como coordenador pedagógico é uma escola que tinha um perfil de público mais elitizado com mensalidades caras e professores muito bem preparados, agora vejo uma perfil socioeconômico diferenciado se matriculando nas aulas de instrumento musical, são mais pessoas tem acesso a um trabalho musical de maior qualidade.

Fico feliz com esse acesso e acho que o país estará ganhando com isso, pois o que precisamos é de mais educação e cultura para toda a população. Quando as artes voltam a escola, quando as artes retornam a formação do ser humano e médio prazo teremos uma sociedade melhor. Sempre digo que a escola tem o seu berço na arte, mas aqui no Brasil durante muito tempo a arte foi expulsa da escola regular e isso contribui muito para termos problemas muitos sérios na formação do ser humano. Mas isso está mudando, tanto no contexto político da educação, quanto na busca das pessoas em muitas vezes pagar para ter acesso ao essencial.

Outro fator que vem estimulando muito os pais a matricularem seus filhos em aulas de música é o fato das ciências estarem a todo o momento se referindo a música como um grande fator de desenvolvimento para as crianças. A neurociência sempre está trazendo a mídia novas pesquisas de desenvolvimento e colocando a linguagem musical como um fator de importante desenvolvimento para o cérebro humano. Então a musicalização infantil até 7 anos teve um grande “boom” com a inserção dessas informações aos pais, que hoje tendo menos filhos e querendo investir o máximo na formação de seu único filho, procuram dar tudo que estiver a seu alcance. Hoje temos um aumento substancial de alunos na musicalização infantil e diferente de outrora, não precisamos convencer ninguém da importância da formação musical para o desenvolvimento do ser humano como um todo, eles já vem de casa com essa opinião formada.

A mídia como um todo tem divulgado a formação musical como uma importante contribuição e por outro lado as redes de TV vêm investindo em novos talentos, criando concursos e festivais musicais que descubram novos talentos para serem divulgados pelas grandes redes e selos musicais, criando a opção de ser um PopStar sem grandes esforços.Os programas de TV, que tem mostrado que existem muitos talentos escondidos na população e que esses talentos podem ser descobertos, ajudam a incentivar a busca de alguns por um aprimoramento musical para alcançarem o Sucesso.

Os instrumentos musicais também ficaram mais acessíveis e com tecnologias que fazem instrumentos baratos ter uma boa sonoridade, deixou as pessoas mais perto da possibilidade de ter um instrumento musical razoável e fazer música sem grandes investimentos iniciais, a possibilidade de ter um instrumento em casa está trazendo mais alunos as escolas.

E um último motivo que tenho observado é que as pessoas estão querendo ser mais felizes e com isso querem investir em seus sonhos, em seus desejos e muito adulto que outrora tinha até receio de se expor nas aulas de música, agora o faz sem temor. Enxergam a possibilidade de fazer aulas de música que outrora só era possível para crianças de pouca idade. Eu mesmo já matriculei vários alunos que vieram de outras escolas dizendo que estavam com muita idade para começarem aulas de música. Ainda vejo muitas pessoas com comentários que me assustam, música é para todos e em todas as idades.

Mas o que me deixa um pouco preocupado é a quantidade de profissionais sem uma preparação devida querendo ser professor de música, isso é alarmante e precisa ser fiscalizado, pois é incrível como isso está repleto pelo mercado e fazendo muito mal na formação dos nossos alunos de música.

Tem uma escola de música perto de sua casa ou no caminho do seu trabalho, pare, entre e faça música, você verá que faz muita diferença na vida.

Quando faz diferança….

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Estudar música faz diferença. Vejo muitos alunos melhorando a sua qualidade de vida dedicando um pouco do seu tempo para fazer atividades que lhe dêem prazer.

Fazer música pode ser uma forma de mudar a rotina massacrante do seu dia. Imagina poder tocar aquela música que você adora ouvir, mas não imaginava que era possível ser tocada por você mesmo.

Fim do dia e aquela penumbra do sol já se escondendo e você sentando ao piano para tocar músicas que mexem com você.

Isso é possível, procure um professor e comece a tocar seu instrumento predileto com o repertório que mais lhe agrada.

Não deixe para amanhã. Fazer faz a diferença.

Aulas de Música para Bebês.

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Em meus atendimentos aos pais que tem interesse em aulas para Bebês surge sempre a dúvida: Do que se trata essa aula para Bebês?

Primeiramente a palavra aula não cabe muito bem, mas como se trata de escola e professor, ainda é a melhor forma de se chamar esse encontro semanal rico para esses pequeninos. As criança nesse período não estarão aprendendo música, a música que é utilizada para ajudar no seu desenvolvimento.

A Aula para Bebês consiste em trabalhar os estímulos para o desenvolvimento para crianças abaixo de 3 anos, criando um desenvolvimento neurológico através de construções cerebrais com mais sinapses. Num período onde o ser humano está com o cérebro totalmente aberto a toda experiência que lhe proporcionarem, as aulas são importantes para que se estimule a criança de forma sistemática e pensada por profissionais dessa área.

As aulas para Bebês em música poderá estimular seu filho a desenvolver muitas habilidades necessárias para esse momento que ele vive, entre elas: concentração, disciplina, linguagem, coordenação, vínculo com seu acompanhante,expressividade, sociabilidade, criatividade, sensibilidade e aguçar seu ouvido para os elementos musicais como melodia, ritmo, timbres, canto e harmonia.

A música é a ferramenta para que esses estímulos aconteçam e de forma gradativa e muito lúdica a criança é encaminhada a linguagem musical, que poderá ou não depois fazer parte de sua infância. Esses estímulos através da música farão muitas diferenças no seu desenvolvimento, principalmente para as características de família que temos nos dias de hoje, onde as crianças tem pouco contato com outras crianças dentro de casa e os pais pouco tempo para brincadeiras com seus filhos.

Antigamente com muitos irmãos e famílias muito grandes e onde todos se reunião com frequência esse desenvolvimento acontecia naturalmente com irmãos e primos. As brincadeiras era mais ao ar livre ricas musicalmente e cheias de criatividade uma ajudava no desenvolvimento do outro. Com o surgimento de famílias menores e com as pessoas vivendo em apartamentos e muitas vezes isoladas as crianças perderam essa forma de se desenvolver, por isso a importância no investimento de tais atividades para os filhos.

Esse encontro semanal, regada a muita música e brincadeiras lúdicas, com muitos brinquedos, cantorias, movimentos e experimentos faz com que a criança acompanhada dos seus pais desfrute de momentos raros em nossos dias. A intensão do professor é primeiro estimular os pais a executarem a atividade que logo seu bebê estará fazendo por imitação ou somente por observação e muitas repetindo isso em casa de forma espontânea. Muito importante que os pais participem, pois eles são o modelo de desenvolvimento para criança e no momento da aula são os pais e não o professor o condutor da aula para o filho.

É um momento de muito carinho entre a mãe ou o pai e seu bebê, onde a criança vai sendo estimulada ao seu desenvolvimento psico-motor de forma recompensadora, agradável e muito rica tanto para ela como para seus pais. E serve de modelo para que os pais façam em casa com seus filhos a continuidade dessa aula, brincando, cantando e passando mais tempo junto do seu rebento.

A atividade deve ser orientada por um professor bem formado, preparado e identificado com essa aula. A aula deve ser rica de músicas e brinquedos que se tornarão com o passar do tempo em instrumentos musicais e com linguagem própria para a faixa etária, pois a melhor avaliação dessas atividades é a participação da criança.

Esse tipo de aula pode ser iniciada com a criança ainda no ventre da mãe e se prolongar até os 3 anos de idade, que é quando a criança já está preparada para ficar sozinha com o professor em sala de aula e começar ainda de forma lúdica a linguagem musical, onde chamamos de musicalização infantil.

Procure uma escola de música perto de você onde exista aulas para bebês e experimente e depois comente aqui nesse blog sua experiência.

Obrigado

Marcos Milléo

Jovem que estuda música protege cérebro em idade avançada

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As muitas horas dedicadas ao aprendizado de música trazem benefícios a longo prazo, mostra um estudo publicado na versão on-line do jornal “Neuropsychology”, da Associação Americana de Psicologia.

A pesquisa indica que aqueles que tocaram instrumentos musicais por muitos anos parecem formar uma proteção natural contra perdas cognitivas que costumam ocorrer durante a terceira idade.

Mesmo que essas pessoas tenham largado o instrumento em algum momento das suas vidas, a mente ainda se mostra afiada na idade avançada, se comparada àqueles que nunca aprenderam música.

Um grupo formado por 70 musicistas com idade entre 60 e 83 anos se submeteu a variados testes de memória e habilidade para captar informações novas, entre outras situações.

O resultado é que se saíram melhor nas provas quem tocou música durante nove e dez anos. O que sugere que quanto mais as pessoas tocam, mais benefícios terão no futuro.

O piano ficou como o instrumento mais popular entre os músicos, seguido dos instrumentos de sopro. Todos eram amadores e tinham em comum terem iniciado aulas de música por volta dos dez anos.

O estudo também considerou o preparo físico e o nível educacional dos participantes. E, o que chamou a atenção, é que havia igualmente a relação entre a capacidade cognitiva e os anos de atividade musical se os voluntários estavam ou não envolvidos com música atualmente.

A descoberta mostra que o funcionamento cerebral pode ser alterado e a música pode ser um assunto para considerações futuras porque envolve uma combinação de capacidades motoras, leitura, audição e ações repetitivas.


O Mediano é o que se deseja.

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Hoje o ensino musical está muito ligado a Educação Musical e ao Entretenimento. O prazer de tocar um instrumento e a possibilidade de com poucos conteúdos musicais o aluno já poder tocar tudo que faz parte do seu mundo musical, tem trazido uma democratização no ensino musical. Não precisa ter talento musical e nem horas de estudo de instrumento para se fazer alcançar os desejos musicais da maioria dos alunos. Como em tudo na vida temos uma lado bom e um lado ruim…

Dessa forma e dentro da minha realidade de trabalho, vejo que os alunos que desejam ou sonham se tornar profissionais da música tem diminuído muito. E se torna raro aquele que deseja profissionalizar buscando o máximo de conhecimento e da técnica instrumental. Pois para isso existe duas coisas muito raras nos dias de hoje, tempo e dedicação.

Isso é muito relacionado a mediocridade: “mediano, ordinário, insignificante, vulgar, sem mérito, aquele que está entre mau e insuficiente” estamos vivendo numa sociedade onde alcançar a média já está ótimo.

A mediocridade está em voga e o foco é esforço zero com o máximo de rendimento. Segundo Marcos Meier estamos vivendo uma Síndrome da Mediocridade.

As artes estão muito afetadas por essa nova Síndrome que impera em nossa sociedade, pois nas artes o esforço é o máximo e as vezes vemos os resultados, mas essa busca pelo Belo é que faz das artes a maior evolução do ser humano. Como será o futuro?

Cada dia vejo mais os alunos procurando fazer tudo numa média muitas vezes nivelado pelo mínimo e isso não fará ele tocar o instrumento musical com o máximo do potencial humano. A busca é tocar aquilo que é simples e sem muito esforço e se algum esforço for exigido logo a desistência é certa. As famílias não incentivam ao esforço máximo em uma determinada coisa, as crianças fazem muita coisa, muitas atividade e compromissos, mas de forma medíocre. Amplia-se a visão do todo e não se foca em uma determinada aptidão. Dentro dessa análise não consigo ver se o ser humano está ganhando com isso, mas tenho certeza que as Artes estão perdendo grandes talentos.

O conhecimento não é o foco quando se procura um professor de música e sim o milagre. O milagre de fazê-lo tocar aquilo que ele deseja no menor tempo possível e da forma mais simples possível. Isso acontece também com aqueles que querer se profissionalizar e a busca é pelo mínimo. Precisando ganhar dinheiro com o mínimo de conhecimento e quando sente falta do conhecimento procura a ajuda de um profissional que resolva os problemas dele sem exigir maiores esforços. Cada vez pessoas menos preparadas e com a missão de passar isso adiante.

Vejo que com esse panorama o futuro do desenvolvimento musical e da técnica instrumental será minimalista e quase nula. Aquilo que se acalçou no passado nem pode ser reproduzido novamente e as grandes obras serão registrados por poucos ou quase ninguém.

Mas eu não tenho essa visão de toda a humanidade, é uma visão restrita a uma parte da sociedade de onde vivo e não sei se ela espelha as mudanças que estão acontecendo com o Homem e não imagino que no mundo isso também esteja acontecendo de forma sistemática, se for o caos nas artes está profetizado.

 

….de volta pra Escola.

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Apartir de agosto de 2011 a música retorna de um local que nunca deveria ter saído , a Escola.  A Escola é o berço do conhecimento e aonde ele se desenvolve com toda a sua potencialidade. A Música fora da escola nesse período fez com que a linguagem musical fosse esquecida e a música como um todo empobrecida, apesar de toda a nossa riqueza cultural.

Levará muitos anos até que possamos colher os frutos desse desenvolvimento, mas ele tem que começar a ser feito e ser muito bem amparado pelas autoridades e orientado na escolha dos conteúdos e seu desenvolvimento.

Agora a Escola, os Diretores, Coordenadores e Professores terão que aprender a conhecer o que é a Música e todas as sua potencialidades de exploração. Mas tenho certeza de que é muito diferente do que passa na cabeça de qualquer Educador que seja leigo a essa linguagem e espero que todos aprendam rápido, pois as Artes são revolucionárias e a música tem essa força.

Música não é eventos escolares, datas comemorativas, festa junina, folclore…. Música é linguagem e é assim que a escola deve começar a enxergar essa nova lei 11.769.

A grande diferença estará na elaboração dos conteúdos pelo MEC, no desenvolvimento dele pelas coordenações da Escola e na aplicação desses por um profissional da área.

Nós músicos muito esperamos desta nova lei, que trará novamente a música para dentro da Escola. Foram 40 anos que a linguagem musical se afastou da escola e com esse afastamento a música se marginalizou, se tornou somente um produto comercial e de eventos.

O retorno da música nas escolas deverá acontecer de muitas maneiras e muitas experiências serão tentadas , muitos irão por caminhos diferentes, alguns serão extremamente tradicionais, outros radicais modernos, alguns serão rigorosos como um regente russo e outros tentarão serem libertários da linguagem. Tudo isso é normal se tratando de uma novidade, pois da experiência de 50 anos atrás nada se aproveitará. O que sei é que a soma de toda essa tentativa de se fazer o melhor surgirá conteúdos maduros e experiencias musicais de muito orgulho e no final quem saira ganhando são os alunos que serão adultos melhores e espero com muita informação musical para fazerem suas vidas diferentes, principalmente na filtragem do que entrará pelos seus ouvidos.

Mas de tudo que aconteça o que eu mais gostaria que realmente desse certo é que a linguagem musical faça parte desse ensino de forma a não termos mais nesse Brasil analfabetos musicais e que a opção de tocar um instrumento seja de todos e aqueles que optarem por tocar, o façam conhecendo sua linguagem.

Já consigo perceber muitas escolas particulares se adiantando e contratando professores, com projetos de fazer a música um diferencial nos seus curriculos. Mas como tudo nessa vida existe o momento da euforia, da novidade, depois vem um período afastamento e só então a maturidade. Para que todos se beneficiem dos ganhos e vantagens de uma boa educação musical nas escolas temos que esperar essa maturidade.

Boa acolhida à Música nas Escolas.

Tecnologias dentro da sala de aula.

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A tecnologia sempre me fascinou, e fico feliz que a tecnologia musical é bastante avançada.

Houve época que ouvia que a tecnologia substituiria o professor de música, na época achava um bobagem, hoje vejo que até é possível, mas existe uma coisa muito importante paraque isso realmente vire realidade, o aluno tem que superar sua situação de al

Sala de Aula

uno.

Existe muitas ferramentas para você aprender sozinho, a internet possuiu infinitas maneiras, mas elas mais fomentam a necessidade de um professor do que eliminam essa necessidade, porque o aluno ainda precisa de alguém para avaliar se o conteúdo foi aprendido e então ele estará apto para o próximo passo. Aprender exige repetição e não pode ser seletivo no que deseja aprender, ainda bem que existe o professor.

A tecnologia facilitou a vida do músico e do professor e hoje posso dar aulas com uma orquestra junto comigo, ou uma banda de jazz. Posso gerar partituras de acordo com a necessidade do aluno e ainda fazer com que o aluno conheça as melhores performances da música escolhida para seu repertório.

Vou descrever a minha sala de aula ideal e alguns desses equipamento eu já possou em todas as aulas e alguns ainda dependo de investimentos:

1 – Um piano, de boa qualidade e afinado.

2 – Um teclado eletrônico com bons recursos de arranjador, quando não é possivel substituo ele por softwares o Band in Box em um PC ou o Chorbot no Iphone. Esses equipamentos serão a banda de acompanhamento para meu aluno, criando um noção de pulso fixo que nunca um metronomo obteve com tanta simpatia.

3 – Um bom equipamento de som, de preferência que valorize o maior número de frequencias, principalmente os graves, fazendo o aluno a prestar atenção nos bumbos da bateira e nas marcações ritmicas do contrabaixo. Nesse equipamento é onde fica conectado o PC ou o Iphone.

4 – Um computador, dentro da minha realidade ainda um PC, pois tenho alunos que possuem Mac e as ferramentas da Apple como o GarageBand são ótimas, principalmente usando em gravações de audio. Esse computador deve estar concectado a Internet para que eu tenha acesso a videos do Youtube, ou para conseguir partituras online como no Cifraclube e Cifras. Também gosto de acessar o http://www.teoria.com, onde o aluno aprender a exercitar a teoria musical de forma agradavel.  Ainda é importante ter no HD, os CD que acompanham o método dos alunos, uma infinita quantidade de músicas (audio) partituras (.enc, .mus, .pdf).

Os softwares essenciais para ter nesse computador são: Finalle, Encore, Band in Box, Adobe Reader, Multiplayer com possibilidades de trocar tonalidade e diminuir velocidade da música sem perder por dem

Iphone e as Aulas de Música

ais a qualidade sonora.

5 – Na falta de um computador desktop em sala de aula, acabava usando um notebook, mas acabei substituindo por um Iphone.

Parece um luxo, mas digo que é um ferramenta essencial principalmente para professores que dão aulas particulares. Porque nem sempre na casa do aluno você encontra computador e teclado próximo ao piano. E mais dificil ainda você ter disponivel internet para as pesquisas de última hora.

O investimento é alto com o preço do aparelho e disponibilizar uma internet ilimitada, mas acho que de todas as áreas é o professor de música que mais aproveita as funcionalidades do Iphone.

Nele  uso certos Apps essenciais: Metrônomo, Chordbot, Slow Down Musi Player, Multi Track, e alguns apps de jogos musicais onde o aluno pode jogar treinando leitura de notas, armadura de clave, formação de acordes, formação de escalas e percepção musical. Essencial ter um caixa amplificada portatil para que possa ser usado com eficiência. Mas é um plus que a tecnologia de ponta coloca a disposição e eu digo que vale o investimento.

6 – Instrumentos diverso, onde possamos mostrar ao aluno como funciona outros instrumentos musicais em relação ao piano.

7 – Uma estrutura agradavel, confortavel e com boa iluminação.

8 – E o mais importante de tudo um aluno interessado e disciplinado nos estudos e um professor bem preparado.

Popular ou Clássico?

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Evolução da Escrita Musical

Esse é um tema polêmico no ensino musical, já vi e escutei muita coisa sobre esse tema, tanto de pessoas da área musical quanto de leigos e curiosos, todos tem uma posição em relação a música. Muitas bandeiras são levantadas, mas em grande parte podemos encontrar uma grande dose de preconceito e de falta de conhecimento.

Um dos motivos que causa toda essa polêmica é muito relacionado com a escrita musical, no clássico a escrita predomina e no popular nem tanto, as vezes nem importa que haja escrita. Mas existem muitos outros motivos que fizeram essa separação: sociológicos, geográficos, econômicos e culturais.

Na história da música, a humanidade teve várias etapas de desenvolvimento e em alguns períodos  e em algumas culturas houve mais prósperidade e com isso maiores investimento nas artes. O desenvolvimento das artes sempre teve ligado a prosperidade econômica de uma determinada população. Isso fez com que linguagens musicais tivessem um desenvolvimento maior em determinados períodos em determinadas regiões. Com o surgimento da escrita musical e de formas de grafá-la ficou mais fácil de manter esses conhecimentos através dos tempos. Mesmo com todo o desenvolvimento mercantil da Europa, a música continuava a coexistir com o homem em todos os cantos do planeta: nas Américas, no Oriente, nas florestas, cavernas, desertos, mas sem o desenvolvimento escrito alcançado pelos Europeus, muitas dessas linguagens desapareceram ou ficaram confinadas a cultura local.

Enquanto os Europeus já tocavam flauta de metal, ainda nas Américas se usava o osso como flauta, mas ambos desenvolviam suas linguagens musicais da mesma forma, mas a européia conseguiu ainda maior desenvolvimento relacionado a dominar a tecnologia de grafar os simbolos musicais e perpetuar o conhecimento.

Música é feita de linguagem musical e ela é única, mas muito variada através das diversar  culturas, é uma linguagem complexa e dotada de muitas vertentes, desenvolvidas de acordo com cada cultura.

A música nasceu com o homem da pré-história, e nasceu livre, imitando os sons da natureza, foi usada no decorrer para muitas coisas no decorrer da história da humanidade, entre elas o entretenimento, eventos sociais e religiosos.

A História da Música é extensa e mais do que qualquer linguagem ocupou todos os povos do planeta, independente de fronteiras terrestres ou marítimas. Muitas linguagens surgiram e existem, outras desapareceram, nenhuma é mais ou menos, melhor ou pior, todas são criadas através da necessidade humana de  expressão musical artística.

A Europa foi o continente que dominou a maior parte do planeta durante séculos e conseguiu impor a sua linguagem através do mundo, de acordo com suas dominições além de suas fronteiras, tornou-se uma linguagem forte e muitas vezes imposta pela força da autoridade. Por isso a predominância em todo o Ocidente de sua música. No oriente a resistência a essa imposição foi forte e eles conseguiram manter suas tradições, sua linguagem foi desenvolvida e mantida de forma diferente. Enquanto na música ocidental se desenvolveu uma escrita na música oriental isso ficou muito ligado nas tradições e passagem de conhecimento através da imitação. E com as mudanças de poder muitos elementos de linguagem de uma cultura influenciou a outra.

O desenvolvimento da escrita e logo depois da impressão,  proporcionou a linguagem musical ocidental o desenvolvimento de tratados e leis, regras para se escrever e reproduzir essa linguagem, pois a gravação demorou a fazer parte da história da música. E a musica euroéia escrita ganhou forças e se espalhou por todo o planeta e junto seus precurssores e compositores.

Por outro lado a linguagem dentro de leis e tratados musicais podou muito da criatividade da música ocidental, que no seu início era muito mais livre usando cifras e baixos cifrados e até improvisação, mas que foi se perdendo na sua evolução ficando quase que totalmente só obediente a partituras musicais. Paralelamente, aqueles que não tinha acesso a esse conhecimento desenvolviam a música popular, que recebia influencias de todas as formas da música formal.

A necessidade, e isso é característica do seu humano, de criar, recriar, improvisar e inventar, fez que linguagem paralelas a essas leis e tratados fosse se desenvolvendo e então a cifra voltou a fazer parte das estruturas de escrita musical e ela ganhou força das camadas sociais que não tinham acesso a formalidade do aprendizado musical e a música popular foi se transferindo de geração como a oriental de forma imitativa e de símbolos que resumissem as formas de tocar.

Com a modernidade ambas as formas de linguagem são complexas e precisam ser desenvolvidas, onde nenhuma supera a outra, mas se completam.

Na minha visão de professor acho que todos os instrumentistas devem dominar todas as linguagens musicais para que consigam expressar sua musicalidade da melhor forma possível. Saber ler partitura (chamado pelos leigos de clássico) e saber usar as cifragens musicais sejam elas medievais ou modernas (chamado pelos leigos de popular) é obrigação de todo professor de música ensinar e todo aluno aprender.

Procuro ensinar as linguagens musicais que domino aos meus alunos, focando o ensino na partitura e sua interpretação bem como ensinando a usar as cifras e conseguir ter liberdade de arranjos, criações e improvisação. O professor tem essa responsabilidade, não sabe quais serão os desejos e necessidades dos alunos com o passar do tempo, se ele estiver bem preparado nunca terá problemas com a linguagem musical.

“…quanto tempo leva para eu tocar alguma coisa”

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O Homem e o Tempo

Escuto essa frase muitas vezes por dia, algumas vezes tenho respostas prontas, outras penso como responder tal pergunta, fico muitas vezes  sem resposta, pois ela é muito complexa para um professor de música que ainda nem olhou para seu aluno que já tem um expectativa enorme em sentir resultados.

Devido a profissionalização do mercado e a evolução do cliente consumidor, eu entendo a pergunta e sei o que o cliente está querendo perguntar, traduzo essa pergunta da seguinte forma: “Você poderia me dizer quando eu começo a colher os frutos de tão alto investimento?” ou “Quando eu vou poder desfrutar desse investimento”.

Ouvindo dessa forma é mais fácil responder, pois o investimento musical já começa a se pagar na primeira aula. Fazer música não é só conseguir tocar uma música no instrumento, apesar desse ser o grande objetivo.

Fazer música é realizar um sonho;

Vejo em muitos adultos e crianças  realizar um sonho em somente estar sentado diante de um instrumento e poder tocá-lo e ele soar. E com o passar do tempo o domínio técnico poder lançar para um mundo que até então era desconhecido.

Fazer música é se superar

Fazer arte em pleno século XXI é superação, num planeta onde a cada dia a automatização toma conta da vida e a produção do conhecimento muda na velocidade da luz, reproduzir um conhecimento que nasceu na idade média e sua evolução foi no século retrasado é plena superação. Pois a velocidade de aprendizado não é determinado somente pela sua pressa e sim pelo domínio das técnicas de executar tal instrumento.

Fazer música é parar

Vejo que muitos alunos não conseguem parar, principalmente os adultos. Nessa agitação da vida moderna, parar para sentar no instrumento e tocar, despende de um esforço brutal. Vejo que as pessoas até desejam, mas parar tudo pra tocar, estudar, repetir algo que será sedimentado lentamente,  no passar dos dias com repetições incomodas ao mecanismo de pensamento frenético do homem contemporâneo, incomoda a muitos.

Fazer música é aceitar

Esse é algo que os adultos também tem muita dificuldade, já as crianças nem sabem do que estou falando. Aceitar a própria limitação de desenvolvimento cognitivo e motor na hora de começar a tocar um instrumento, muitas vezes afasta o adulto das aulas. Aceitar que passo a passo chegará aos melhores resultados.

Fazer música é dedicar um bom tempo de sua vida para fazer algo agradável e muito prazeroso, só acho necessário ter um bom profissional, relaxar e aproveitar toda a plenitude do tempo passar mais devagar.

As crianças tem direito a Musicalização.

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Não consigo ver as aulas de Música hoje sem valorizar a Musicalização Infantil. A primeira vez que recebi um aluno musicalizado percebi que a diferença é enorme no aprendizado do instrumento.

Um aluno que passou pela daniel-pianistaMusicalização com um professor competente nunca deixara a música fora de sua vida. E qualquer instrumento musical será sem mistério, pois o domínio da linguagem retira do aluno qualquer medo ou receio com instrumentos diferentes. A música se torna linguagem e pouco interessa qual instrumento que ele irá se expressar musicalmente.

Todas as crianças deveriam ter essa oportunidade, ou melhor, esse direito de estudar música na sua primeira infância, teríamos adultos melhores e essa diferença já teria um valor enorme.

Tão importante quanto a criança receber aulas de Musicalização é ter um professor bem preparado. Tenho muitos amigos que são professores de musicalização infantil, difícil escolher entre esse ou aquele, mas vejo que dedicação, preparo técnico e uma comunicação excelente com a criança fazem a grande diferença.

Muitas escolas regulares oferecem ensino musical, mas os objetivos dentro de uma Escola de Música são mais específicos e muito mais elaborados, focando no aprendizado de um instrumento na continuidade, então quando escolher, escolha uma Escola de Música para matricular seu filho ele estará mais preparado para o instrumento musical. Essa Escola deverá ter bons conceitos de ensino, ter boa remuneração aos professores e uma ótima estrutura física.

Cuidado com as metodologias, a bandinha rítmica teve sua importância no passado, mas hoje as aulas são mais dinâmicas e já introduzindo linguagem musica desde o seu principio. Musicalização não é recreação com música, tem objetivos bem claros em relação a leitura e escrita musical, bem como um trabalho de desenvolvimento motor e do ouvido musical.

Uma turma de musicalização não deve passar de 6 crianças e todas devem estar dentro da mesma faixa etária, com mesmos interesses de aprendizado, mesma maturidade e manter uma homogeneidade no decorrer das aulas.

Não deixe de dar esse direito a seu filho, Musicalização Infantil é um grande agente transformador da personalidade humana e assim teremos um mundo ainda melhor com adultos bem resolvidos.

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